segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O CUIDAR EM ENFERMAGEM


De acordo com Collière (1989), desde o início da história da Humanidade que o cuidar é imperativo no sentido de garantir a continuidade da vida do grupo e da espécie. Ao longo dos tempos o cuidar esteve implícito ao “Ser Humano” inserido numa comunidade. A Enfermagem nasce como a profissão que cuida do ser humano doente ou são, ao longo do ciclo vital e dos grupos sociais que se integra, de forma que recuperem e mantenham a saúde ao mais alto nível.
Com a valorização do “cuidar” na vida humana, emerge em 1890, a Enfermagem moderna com Florence Ninghtingale. Segundo a mesma, a Enfermagem é o “ […] cuidar a pessoa no seu todo e não apenas na doença”. Assim, o cuidar é considerado como uma forma de ser, como uma forma de se relacionar, como um imperativo moral e constitui a essência de Enfermagem. De acordo com Hennezel (1997, p. 173), “ Cuidar é hoje e continuará a ser, o fulcro da prática de Enfermagem, e por mais sofisticado que o desenvolvimento tecnológico venha a ser, a interacção pessoal será sem dúvida fundamental para a recuperação e manutenção da saúde e maximizar o bem-estar dos indivíduos, famílias e comunidades […]”.
Reflectindo sobre isto, para Cuidar em Enfermagem, não bastam actos tecnicamente correctos, mais ou menos diferenciados sendo também necessários aspectos de âmbito relacional simples ou complexos. Assim, o acto de Cuidar só terá verdadeiro sentido e significado se o Enfermeiro assim o desejar, dependerá dos conhecimentos mobilizados, da intencionalidade, do empenhamento e desejo que imprime a esse agir.

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