sábado, 9 de abril de 2011

DEPRESSÃO VS DESEMPREGO, STRESS E ANSIEDADE

A depressão é causada por um desequilíbrio nas concentrações de algumas substâncias do cérebro podendo ser desencadeada por factores Biológicos, Psicológicos ou Sociais. 
Nos dias que correm é inevitável abordar o tema do DEPRESSÃO associado ao desemprego, ao medo, ao stress e à ansiedade, causados pela instabilidade económica. Ao lermos as notícias ou as previsões de especialistas em política e economia, podemos observar uma tendência negativa nas suas conclusões ou suposições. Muitos esperam ou prevêem tempos difíceis, o que pode não estar longe da verdade. 
Perante este cenário, muitas são as  situações passíveis de causar alterações no indivíduo, na estrutura familiar e na própria comunidade. Estas alterações, por sua vez, podem desencadear problemas de saúde mental, como a DEPRESSÃO , e tornar-se num risco para a saúde pública, se não forem prevenidas, detectadas e tratadas precocemente

O desemprego gera perda de auto-estima, sentimentos de culpa, derrotismo, desespero e perda de esperança. Não permita que estas situações lhe paralisem as perspectivas de vida, pelo contrário, faça disso um factor de estímulo, lute e mostre que é capaz de superar. Se está desempregado, em primeiro lugar convença-se de que isso não lhe está a acontecer apenas a si, actualmente é um problema do mundo. Aposte em si, no seu futuro, na sua formação, e batalhe todos os dias para que os seus sonhos se realizem. Se você não o fizer, ninguém o fará por si.

SINAIS E SINTOMAS DA DEPRESSÃO
A DEPRESSÃO diferencia-se das normais mudanças de humor pela gravidade e permanência dos sintomas. Está associada, muitas vezes, ao stress, medo ou ansiedade. Esteja atento a sinais como:
  • Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite);
  • Perturbações do sono (sonolência ou insónia);
  • Fadiga, cansaço e perda de energia;
  • Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de culpa e sentimento de incapacidade;
  • Falta ou alterações da concentração;
  • Preocupação com o sentido da vida e com a morte;
  • Desinteresse, apatia e tristeza;
  • Alterações do desejo sexual;
  • Irritabilidade;
  • Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo.

COMO EVITAR A DEPRESSÃO
As pessoas com tendência para a DEPRESSÃO devem examinar o seu próprio processo de pensamento e perguntarem-se a si mesmas: «Como é que eu reajo aos acontecimentos negativos, ao comportamento das outras pessoas? Tenho tendência para ter conversas negativas comigo mesmo, exagero os problemas, generalizo os erros?» Se pensa de uma forma pessimista acerca de si próprio e das suas capacidades, vai concerteza entrar em DEPRESSÃO .

Evite este tipo de sentimentos:

1. OPINIÃO NEGATIVA DE SI. 
Esta noção vem muitas vezes ao de cima quando se compara com outras pessoas que  lhe parecem ser mais atraentes, ter mais sucesso ou ser mais capazes e inteligentes, quando na realidade não o são.
2. AUTO-CRÍTICA E AUTO-CULPABILIZAÇÃO. 
Quando está deprimido sente-se triste porque foca toda a sua atenção nos problemas, atribuindo a culpa a si próprio, quando na realidade existem múltiplos factores. Lembre-se sempre, você tem um problema, você não é o problema.
3. INTERPRETAÇÃO NEGATIVA DOS ACONTECIMENTOS.
Repetidamente, pode dar-se conta de que reage de modo negativo a situações que não o incomodariam se não estivesse deprimido. Pode entender como negativos os comentários que os outros fazem, ou pensar que não gostam de si, embora as pessoas possam agir tão amistosamnete como sempre.
4. EXPECTATIVAS NEGATIVAS RELATIVAMENTE AO FUTURO.
Você pode ter-se habituado a pensar que nunca mais vai ultrapassar os seus sentimentos de angústia ou os seus problemas e acreditar que eles vão durar para sempre. Ou então pode fazer o contrário e tentar fazer com que a sua vida corra melhor.
5. AS MINHAS RESPONSABILIDADES SÃO EXCESSIVAS. 
Ainda que continue a ter o mesmo tipo de trabalho ou responsabilidades, pensa ser incapaz de os levar a cabo.  Tente relaxar, aproveite algum tempo para si.
 

COMO FALAR COM UM FAMILIAR OU AMIGO DEPRIMIDO?
Este pode ser um passo importante para a recuperação. Lembre-se que é importante não fazer juízos de valor, não criticar e ter em atenção o que se diz e a forma como se diz. 
  • Seja um bom ouvinte. Antes de responder de acordo com os seus pensamentos, tente repetir para si o que o seu familiar ou amigo acabou de dizer.
  • Não se preocupe em ter as respostas certas. Estar presente e mostrar que se preocupa é muito reconfortante.
  • Não minimize os sentimentos do seu amigo ou familiar. Cair na tentação de dizer "não me parece que estejas assim tão em baixo" pode fazer com que se sinta ainda pior.
  • Encoraje a expressão e partilha de sentimentos. Se o seu amigo ou familiar quiser chorar não diga coisas como "não fiques assim" ou "deixa lá isso", chorar pode libertar tensões e vai acalmá-lo. Diga antes "deita tudo cá para fora" ou " não tens de ter vergonha de chorar".
  • Seja autêntico e não se esqueça de dizer coisas como "gosto de ti", "não estás sozinho nesta caminhada", ou "estou aqui para te ajudar".

3 comentários:

NÃO disse...

Concordo e aceito tudo o que li, mas o problema é pôr em prática. Ainda existe muita discriminação,talvez por falta de informação.

Anónimo disse...

parabens belo post,obrigado.

http://www.vladman.net/

Anónimo disse...

Meu pai era a pessoa que fazia tudo o que você descreveu para ajudar alguém como eu, quando estava com depressão. Ele me ajudou muito. Mas infelizmente morreu. Minha mãe e meu irmão não levam jeito para ajudar. Ás vezes ainda me lembro de quando ele só me ouvia e não dizia nada. Era muito bom.