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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DOENÇA DE PARKINSON


O QUE É?
Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, progressiva, idiopática (sem causa conhecida), raramente acontece antes dos 50 anos e afecta ambos os sexos igualmente.  Conduz a uma gradual alteração das capacidades motoras e da fala, além de uma variedade de outras funções corporais.
Cerca de 20 mil portugueses sofrem da Doença de Parkinson. Os hospitais centrais registam por ano mais de 1800 novos casos e, estima-se que, com o aumento da longevidade da população, esta doença aumente nos próximos vinte anos.
A Doença de Parkinson conduz a uma perda de neurónios de uma área específica do cérebro, que leva à diminuição de um neurotransmissor, a dopamina, que vai provocar uma alteração dos movimentos  involuntários ou extrapiramidais. 

SINTOMATOLOGIA
A Doença de Parkinson caracteriza-se essescialmente por:
  • Rigidez muscular;
  • Tremores;
  • Hipocinésia (lentidão nos movimentos físicos);
  • Instabilidade postural.
É preciso ter em atenção que esta doença é insidiosa, ou seja, vai-se desenvolvendo lentamente, podendo começar às vezes com um tremor, diminuição da mímica facial e do piscar de olhos, olhar fixo ou lentificação dos movimentos. 
Com o decorrer da doença, é possível que a voz se torne monocórdica ou observar-se perdas de saliva pelos cantos da boca. A pele, principalmente a facial, torna-se lustrosa, e seborreica.
O andar vai-se tornando cada vez mais difícil, com passos pequenos, arrastando os pés, com os braços encolhidos, tronco inclinado e, em casos avançados a pessoa aumenta a velocidade da marcha para não cair. Outras vezes, pode ficar parado e sentir enormes dificuldades para iniciar o movimento.
Os tremores, que são involuntários, em uma ou em várias partes do corpo, diminuem geralmente com os movimentos voluntários e manifestam-se sobretudo nas mãos.
Como existe hipocinésia, o doente tem paragens de movimento, os movimentos voluntários tornam-se lentos, a capacidade de escrever fica afectada, a caligrafia pode tornar-se mais pequena e a linguagem torna-se monocórdica e às vezes de difícil compreensão.

DIAGNÓSTICO
Na fase inicial, é muitas vezes difícil diagnosticar a Doença de Parkinson. O diagnóstico é feito por exclusão, ou seja, exames como o eletroencefalograma, tomografia axial computadorizada (TAC), ressonância magnética, entre outros, normalmente são pedidos  pelo médico para se ter a certeza de que  não existe nenhuma outra doença. 
Isto significa que o diagnóstico da doença é baseado essencialmente na história clínica do doente e nos seus sintomas, devendo ser feito preferencialmente por um neurologista experiente. 

TRATAMENTO
É importante referir que actualmente existe uma multiplicidade de tratamentos disponíveis. Cada caso deve ser tratado de acordo com a sintomatologia, necessidade ou possibilidades financeiras do doente, uma vez que nem todos os tratamentos disponíveis são total ou parcialmente comparticipados. A ciência continua a investigar a cura para a doença, pelo que, diferentes formas de tratamento continuam a ser investigadas, surgindo esporádicamente novos medicamentos e terapias.
O tratamento convencional consiste no uso de medicamentos, fisioterapia, psicoterapia e, em alguns casos selecionados, cirurgia. É importante os indivíduos ou seus cuidadores terem em atenção os efeitos adversos de certos medicamentos, que podem piorar a doença. Cada indivíduo responde de forma diferente ao tratamento, pelo que este deve ser adaptado a cada caso, pois o que favorece um doente pode desfavorecer outro. 

QUALIDADE DE VIDA DOS DOENTES DE PARKINSON
A perda da capacidade ocupacional, pode repercutir-se de forma negativa na saúde e bem estar dos indivíduos acometidos pela Doença de Parkinson e, tende a agravar-se  à medida que as perdas forem sendo progressivas e permanentes. De forma geral, o tempo para a realização das tarefas quotidianas aumenta devido à lentidão e redução dos movimentos, ocorrendo uma perda gradual da independência e automomia. A perda da rotina diária é bastante relvante, afectando o quotidiano do indivíduo, estruturado durante anos. 
Assim, a juntar à perda de habilidade para desempenhar comportamentos ocupacionais desejáveis, surgem os efeitos psicológicos, muitas vezes devastadores, que podem desencadear frustração, depressão, isolamento social e outras situações indesejáveis.
Com tudo isto, há que ter em conta que a família, os amigos e as redes de apoio social têm uma importância determinante na qualidade de vida destes doentes. Eles são o seu suporte principal, o seu apoio, enfim, o seu braço amigo e, podem fazer toda a diferença.


"Ter a certeza de poder contar com a família, não significa pertencer a uma família perfeita, onde tudo dá sempre certo. Significa, mais que isso, pertencer a uma família que se une em prol daquele que precisa, no momento que ele precisa” 
(Autor desconhecido)

Nota: Ao longo da realização desta publicação, pude verificar que a informação existente acerca da Doença de Parkinson não é tão vasta como seria de esperar. Assim, brevemente será publicado um post dedicado à família e cuidadores destes doentes.

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