DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A Esclerose Múltipla afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Os estudos epidemiológicos apontam para a existência de 450.000 pessoas com Esclerose Múltipla só na Europa, sendo a incidência maior nos países nórdicos. Estima-se que o número de doentes em Portugal seja da ordem dos 5000.
O QUE É A ESCLEROSE MÚLTIPLA?
A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica na qual o sistema imunitário "ataca" a bainha de mielina que envolve os axónios. Os axónios são as partes dos neurónios responsáveis pela condução do impulso nervoso. Assim, esta doença vai interferir com a capacidade do sistema nervoso controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.
SINTOMAS
Se existirem lesões no Sistema Nervoso Central, seja por doença ou traumatismo, a localização da lesão determina a natureza dos sintomas resultantes. Os sintomas aparecem devido à interrupção da condução dos impulsos nervosos entre o Sistema Nervoso Central e o resto do corpo.
Se as lesões acontecerem no cérebro podem provocar:
Se as lesões acontecerem no cérebro podem provocar:
- Visão dupla;
- Falta de força e de sensibilidade nos membros;
- Falta de controlo dos movimentos finos das mãos;
- Desequilíbrio;
- Alterações na memória;
- Fadiga.
Se as lesões ocorrerem ao nível da espinal-medula podem provocar:
- Entropecimento e fraqueza dos membros;
- Perturbações da bexiga:
- Espasticidade;
- Rigidez e sensação de membros pesados, dormência dores, comichão
- Dificuldades de locomoção.
Para além das consequências e limitações a nível físico, inerentes à doença, são também muitas as psicológicas, para o doente e consequentemente, para o cuidador, depressões e ansiedade são as mais frequentes. O grau de dependência que a Esclerose Múltipla desencadeia, assim como as mudanças comportamentais da doença, são factores que esgotam bastante os familiares e cuidadores do doente de Esclerose Múltipla, levando muitas vezes a situações de solidão absoluta.
TRATAMENTO
O tratamento adequado para a Esclerose Múltipla começa por manter um bom estado de saúde geral, prosseguir uma vida activa, uma alimentação equilibrada, repouso suficiente, de modo a sentir-se bem, mantendo a forma física e psíquica.
É também fundamental um programa de exercícios e ginástica muscular, na medida em que, ajuda os doentes a recuperarem dos surtos e a diminuir a tensão muscular. Exercícios de treino do equilíbrio, podem ajudar os doentes a tornarem-se mais auto-confiantes.
É também fundamental um programa de exercícios e ginástica muscular, na medida em que, ajuda os doentes a recuperarem dos surtos e a diminuir a tensão muscular. Exercícios de treino do equilíbrio, podem ajudar os doentes a tornarem-se mais auto-confiantes.
Os medicamentos são também imprescindíveis, nomeadamente os relaxantes musculares, pois permitem reduzir a tensão dos músculos e melhorar os movimentos. Nos últimos anos utilizam-se diversos fármacos que actuam no sistema imunitário, chamados imunomoduladores, como os Interferões-beta e o acetato de glatiramero, entre outros, que ajudam a modificar a alteração da doença.
Dadas as alterações a nível psicológico que a doença pode causar, é de considerar a psicoterapia individual e de grupo, assim como o aconselhamento, ajudam bastante o indivíduo e família a enfrentar os problemas e as limitações causadas pela doença.
LINKS ÚTEIS
Fonte: Associação Nacional de Esclerose Múltipla
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